A primeira consequência da DRC não detectada é o risco de desenvolver perda progressiva da função renal que pode levar à insuficiência renal (também chamada de doença renal em estágio terminal, ESRD), o que significa que o tratamento de diálise regular ou um transplante de rim é necessário para sobreviver.

A segunda consequência da DRC é que ela aumenta o risco de morte prematura por doenças cardiovasculares associadas (isto é, ataques cardíacos e derrames). Indivíduos que aparentam ser saudáveis ​​e depois descobrem ter DRC têm um risco aumentado de morrer prematuramente de doença cardiovascular, independentemente de desenvolverem ou não insuficiência renal.

A prevalência da doença renal está aumentando drasticamente e o custo do tratamento dessa epidemia crescente representa um enorme fardo para os sistemas de saúde em todo o mundo. Mesmo em países de alta renda, o custo muito alto da diálise de longo prazo para um número crescente de pessoas é um problema. Em países de baixa e média renda, a diálise de longo prazo é inacessível. A melhor esperança para reduzir os custos humanos e econômicos da doença renal crônica e da doença renal terminal, portanto, reside na prevenção e na detecção regular.

A função renal é melhor medida por um indicador chamado TFG (taxa de filtração glomerular), que mede a taxa de filtração do sangue pelos rins. Este indicador permite que os médicos determinem se a função renal está normal e, caso contrário, em que nível a função renal reduzida se deteriorou. Na prática diária, a TFG pode ser facilmente estimada (eGFR) a partir da medição do nível de creatinina no sangue e levando em consideração idade, etnia e gênero.